25 de agosto de 2012

Estou indignada...


Hoje em dia vemos e descobrimos tudo nas redes sociais, principalmente no facebook que muitas vezes faz de meu calendário ou agenda e de meu jornal de notícias. No entanto, há aquele género de coisas que me faz preferir ter chegado ao facebook uns minutos mais tarde ou simplesmente ter a sorte de nunca na minha vida chegar a ver tal coisa.
E não é que, eu, em plena rede social, como pessoa sociável que sou, vejo uns tantos "amigos" a publicaram, indignados, sobre um artigo que a senhora dona Margarida Rebelo Pinto decidiu escrever. Mas por alma de que santo alguém iria escrever sobre o estatuto das "gordinhas" entre o sexo masculino?
Não é que esta senhora se dirigiu ao seu querido público dizendo que se sente revoltada por estas raparigas com uns kg's a mais conseguirem ter a atenção e respeito de que as "outras" não usufruem? E porquê escrever sobre elas usando "Gordinhas" como se fosse um nome próprio? Esta nossa escritora, quarentona que é, limitou-se a rotular estas meninas ou mulheres que se vêem com um problema todos os dias - o peso.
Pois digo-lhe, minha cara amiga, que eu não preciso de ser gorda para me orientar numa amizade com o sexo masculino e muito menos isso alguma vez significará que eu passarei o resto da minha vida sozinha. Se está mal com as amizades masculinas que consegue ou não ter, se calhar a solução está no carácter e não numas curvas a mais ou a menos.
Eu, que há dias me dei ao prazer de a homenagear aqui no meu blog, sinto-me bastante frustrada por o ter feito. Sei que a liberdade de expressão existe, mas há que ter dois dedos de testa antes de a usarmos.
A escrita está presente em nós para nos expressarmos ao mundo exactamente da maneira que o vemos, mas ela devia ser um bom exemplo quando feita e não um rascunho de uma senhora na crise dos quarenta com base em estatísticas pessoais e injuriosas. Só lhe fica mal mulher!